segunda-feira, 1 de junho de 2009

Diário da Nossa Paixão



Sinopse:


«Nicholas Sparks, o jovem autor deste inesperado bestseller, nunca esqueceu o ensinamento que a relação amorosa dos pais da sua mulher, casados há mais de 62 anos, lhe transmitiu - a possibilidade de viver em estado de paixão mesmo depois de vários anos de convívio. Foi por isso que decidiu escrever este comovente romance de amor que acompanha o enamoramento entre um homem e uma mulher, que só no final das suas vidas concretizam uma paixão arrebatadora.»

Resumo da Obra:


Noah um jovem ligado à poesia e à escrita de origem humilde conhece Allie num verão em que esta passou férias no local onde ele morava. Eles conheceram-se numa festa e apaixonaram-se de imediato, mas desde logo souberam que não seria fácil ficarem juntos, pois apesar de os pais de Allie não terem nada contra Noah, achavam que ele não era o ideal para a sua filha. Após o verão, Allie é obrigada a regressar a sua casa, bem longe de Noah, e visto isto, estes fazem juras de amor, sabendo no fundo que seria difícil ficarem juntos, mas sem nunca perderem a esperança. Noah manda cartas a Allie mas estas nunca chegam a ser-lhe entregues, porque a mãe dela esconde toda a sua correspondência. Noah vai para a guerra e mais tarde passados catorze anos acaba por herdar dinheiro de um amigo, e assim decide comprar e reconstruir uma casa que havia prometido a Allie que um dia seria dele. A restauração da casa acaba por ser noticia num jornal, e Allie, que desde aquele verão nunca tinha tido notícias de Noah, vê a notícia. Visto isto, são despertados nela sentimentos passados e, apesar de estar noiva de Lon, ela decide que têm de procurar Noah. Noah e Allie reencontram-se e falam das suas vidas de agora relembrando o passado e descobrindo que o amor deles nunca acabou e seria impossível alguma vez tal amor terminar. A mãe dela, desconfiada que a filha tinha vindo ter com Noah, aparece a casa dele, para lhe alertar que o noivo de Allie está a caminho, para descobrir porque razão não têm notícias dela. Visto isto, Allie não sabe o que fazer, sendo uma das hipóteses ficar com Noah, acabando por magoar os amigos e família que esperam que ela se case com Lon, ou casar-se com Lon, e destroçar o coração de Noah e impedindo a sua própria felicidade. Allie decide que tem de ir embora, e Noah sabe que aquela ida é um adeus, e não tem esperanças de voltar a ver Allie. Ela decidida a seguir a sua vida, vai ter com Lon, mas ao reavê-lo percebe que a sua vida não será possível sem Noah, e diz assim a Lon que não poderá casar-se com ele. De seguida Allie volta para casa de Noah, e estes casam-se e vivem felizes durante quarenta e cinco anos, acabando por ter quatro filhos, e Allie, que sempre fora uma pintora talentosa, torna-se finalmente famosa pelo seu trabalho. Mas com o avanço da idade acabam por surgir problemas de saúde nas vidas dos dois. Principalmente na de Allie, que descobre que têm Alzheimer. Visto isto e como quer um dia ter algo que a possa fazer recordar-se de tudo o que alguma vez viveu com Noah, e porque quer que a história deles nunca seja esquecida, decide convencer Noah a escreverem um diário contando toda esta história de amor, sendo nisso que se baseia todo livro. Allie acaba por perder totalmente a memória não se lembrando sequer de Noah, mas este todos os dias, vive para fazer com que ela se lembre dele, contando-lhe diariamente o diário da paixão deles. Muitas são as vezes que Allie não se lembra, mas as poucas vezes que ela se recorda de tudo, fazem com que Noah não perca a esperança que ela se recorde com mais frequência. A história termina com Noah, á noite no quarto de Allie, onde ela não deveria se lembrar dele, devido ao estado avançado da doença que faz com que ela todos os dias se esqueça de tudo, mas nessa noite Allie lembra-se da existência de Noah, sem ele lhe contar a história, só com a presença dele.  

Comentário à Obra:

Sendo esta a segunda obra de Nicholas Sparks que tive oportunidade de ler, pois já li “Quem ama acredita” deste mesmo escritor, posso afirmar que este livro assemelha-se à excelente escrita característica deste autor.

Gostei muito de ler esta obra e todas as expectativas que tinha em relação á leitura desta foram correspondidas porque como já tinha visto o filme que foi baseado neste livro, esperava que  ele fosse excelente, e a obra não ficou aquém das minhas expectações.

A maneira como a obra é escrita pela perspectiva de Noah, sendo que ele depois começa a contar a Allie a história da vida deles, fez com que eu ficasse sempre ansiosa por saber o que se iria passar de seguida, pois inicialmente, não são revelados muitos pormenores e não dá para entender que Noah está a contar a história dele, e é muito interessante descobrimos isso, á medida que lemos.

Como gosto muito de romances este livro fascinou me imenso principalmente a maneira como é descrito o amor de Noah e Allie. Esta história é baseada num amor verdadeiro em que as personagens tiveram de ultrapassar muito, e esperar muitos anos, para serem felizes e é curioso ver como eles sempre viveram muito em função um do outro mesmo estando separados por catorze anos. Mesmo estando muito tempo afastados o amor deles nunca morreu, e apesar de Allie ter estado noiva de Lon, ela sempre amou Noah, e foi interessante ler o modo como Allie reagiu quando teve de tomar uma decisão. Noah nunca teve de decidir entre Allie e outra pois ele sempre esteve convicto que só seria feliz com ela, e por isso, ainda é melhor ler o livro contado por ele, pois vemos que Noah é em todo o livro um homem de muitas certezas.

Este livro é muito interessante e incentivou me a futuramente ler mais obras de Nicholas Sparks pois ele é um grande escritor, e as suas histórias cativam do inicio ao fim, por isso aconselho a qualquer pessoa a leitura de algum dos livros dele, principalmente este, porque é realmente excelente. 


Personagem mais marcante:

Como seria de esperar as personagens mais marcantes para qualquer pessoa de certeza que são Allie ou Noah, pois a história é baseada no amor deles, e em tudo o que eles ultrapassaram para atingir um final feliz, juntos.

A mim a personagem que mais me cativou foi o Noah, isto aconteceu não só porque ao longo da história estão mais presentes os sentimentos dele e as opiniões dele, mas também por outras razões.

Noah é descrito como sendo um poeta e foi esse um dos factos que apaixonou Allie de imediato. Esta personagem nunca desistiu dos objectivos principalmente nunca desistiu de Allie, e após ela ter ido embora mandou-lhe cartas intensamente durante dois anos e meio, sem nunca obter resposta e isso só mostra a persistência dele e o quanto ele acreditava que ele e Allie poderiam ter um final feliz.

Noah nunca perdeu esperança de um dia voltar a reencontrar Allie e apesar de ter deixado de lhe mandar cartas, esteve sempre “acesa” a esperança no seu coração, e ele acreditava profundamente no amor deles. Ele tinha prometido a Allie que a casa que ele restaurou um dia seria dele, e ele conseguiu restaurá-la, apesar de com ajuda, mas trabalhou arduamente para tê-la.

Mas o aspecto que mais me emocionou em Noah e que mais demonstra o seu carácter e o seu amor por Allie, é o facto de mesmo após ela ter perdido totalmente a memória, ele nunca ter desistido e ter sempre acreditado que ela poderia vir a lembrar-se dele. Noah dia após dia contava a mesma história a Allie sem se cansar e tinha sempre a esperança que ela se viria a lembrar dele, nem que fossem por umas poucas horas, pois ele tinha consciência que ela no dia seguinte já havia esquecido tudo. Mas a esperança de reavivar a memória de Allie dava-lhe força para ultrapassar a sua própria doença, pois ele sofria de cancro, e já se encontrava um pouco incapacitado, mas sempre incansável Noah acreditava diariamente que o amor entre Allie e ele era mais forte que a doença dela. E mesmo sabendo que Allie se esqueceria de tudo no dia seguinte a esperança de ela se lembrar por pouco tempo que fosse, criava uma felicidade enorme nele.

Estes são alguns dos muitos aspectos que me fascinaram no Noah, e que de certeza fascinaram muitos dos leitores deste livro, ele é para mim a personagem mais cativante ao longo da história.

  


Parte Favorita:

Sem dúvida a parte que mais me comoveu neste livro foi na fase final deste quando Noah tinha acabado de ter uma trombose, e após uma melhoria voltou para o seu quarto no lar, e leu uma carta que Allie tinha-lhe escrito quando soube que sofria de Alzheimer e percebeu que em pouco tempo se esqueceria dele e de tudo o que eles passaram.

Essa carta emocionou-me imenso pois aí Allie mostra que mesmo com Alzheimer, ela sabe que por dentro nunca se esquecerá de Noah, e de toda a história deles, pois esta história é inesquecível tal como o amor dos dois. Nessa carta Allie explica como é o amor que ela sente por Noah, e agradece por tudo o que ele lhe ensinou, por tudo o que ele fez por ela, por todos os sentimentos que ele a fez sentir e por toda a compreensão que ele sempre teve quando ela tomava uma má decisão.

É explicado também o motivo da escrita do diário da paixão deles e Allie refere que a sua maior preocupação é o sofrimento que irá causar a Noah, e diz que esta carta servirá para ele ler, sempre que se sentir mais em baixo, sempre que ela não se lembrar dele.

Allie faz referência à bondade de Noah e acaba a carta dizendo «Por favor não fiques zangado comigo nos dias em que não me lembrar de ti, e ambos sabemos que virão. Sabe que te amo, que sempre te amarei, e que o que quer que aconteça, sabe que eu vivi a melhor vida possível. A minha vida contigo. E se guardares esta carta para a leres outra vez, acredita então no que agora estou a escrever para ti. Noah, onde quer que estejas e quando quer que isto seja, amo-te. Amo-te agora enquanto escrevo isto, e amo-te agora enquanto lês isto. E lamentarei muito se não for capaz de to dizer. Amo-te profundamente meu marido. És, e foste sempre, o meu sonho.»

Esta carta demonstra tudo o que Allie sentiu durante toda a sua vida com Noah, demonstra toda a felicidade que ele a fez viver e prova que ela nunca se arrependeu da decisão que tomou em ficar com ele em vez de com Lon e é por isto tudo que esta é a minha parte favorita em todo o livro.


Outras Obras de Nicholas Sparks:

Como já tinha lido um livro deste autor, o conhecido “Quem ama acredita” e como sempre tive necessidade de saber um pouco mais sobre as suas publicações irei aqui divulgar alguns dos livros escritos por Nicholas Sparks, um escritor que admiro imenso. 


O Diário Da Nossa Paixão

As Palavras Que Nunca Te Direi

Um Amor para Recordar

Corações em Silêncio

Uma Viagem Espiritual

Uma Promessa Para Toda a Vida

O Sorriso das Estrelas

Laços Que Perduram A Alquimia do Amor

Três Semanas Com O Meu Irmão 

Tudo o que ele sempre quis




Sinopse:


«Um amor absoluto destruído pelo ciúme. Um romance intenso e violento sobre o poder e os efeitos do desejo, da mentira e da traição.
Um casamento junta sempre duas histórias, dois passados. Esta constatação é talvez tardia para o marido de Etna: um homem cuja obsessão com a sua jovem mulher tem início no momento em que se conhecem – e em que ele a ajuda a escapar a um incêndio - e culmina numa união ensombrada por segredos, traição e pelo fogo avassalador de uma paixão não correspondida. Escrito com a inteligência e a graça que são já habituais na autora, Tudo o que Ele Sempre Quis é uma arrepiante história sobre desejo, ciúme, perda e os perigos que o fogo – o figurativo e o literal – sempre arrasta consigo.»


Resumo da Obra:

O livro “Tudo o que ele quis” de Anita Shreve retrata a história de Nicholas Van Tassel, um homem de sessenta e quatro anos, que viaja num comboio, a caminho do funeral da sua irmã, e decide escrever a sua história de vida. Nicholas Van Tassel, é um professor que, desejava astutamente ocupar o cargo de director da escola em que leccionava, e após conhecer Etna Bliss num incêndio, que ocorreu num hotel onde ambos se encontravam, apaixonou-se de imediato por ela, começando ai a sua obsessão por esta misteriosa mulher. 

Após algum tempo em que Nicholas se aproximou de Etna, levando-a por exemplo a passear, e a jantares com o núcleo de professores amigos dele, sempre disposto a conquista-la, decidiu que estava na altura de deixar de esconder os seus sentimentos e pediu Etna em casamento. Esta aceitando um convite da irmã para se tornar preceptora dos seus filhos, viajou para Exeter, sem ter dado assim uma resposta ao pedido de casamento de Nicholas Van Tassel, ou melhor adiando assim a resposta.

Este sem desistir, e decido a casar-se com a mulher por quem se apaixonou inesperadamente, viajou para Exeter, para obter uma resposta da parte da sua amada. Aí ouviu o que menos desejava: Etna disse que não o amava, e que o seu maior desejo era ser livre, por isso a sua resposta era negativa. Visto isto, Nicholas promete-lhe que se ela se casar com ele terá toda a liberdade que quiser, e em vez de estar o resto da sua vida a tomar conta dos filhos da irmã, poderá ter os seus próprios filhos e terá assim uma família feliz, fará Nicholas feliz. Visto isto, Etna, talvez com um pouco de piedade de Van Tassel, aceita o seu pedido de casamento, disposta a fazer o futuro marido cumprir a sua promessa de, mesmo que limitada, liberdade. Etna faz também Van Tassel prometer que nunca falará de amor com ela, pois ela tem a certeza que nunca poderá amar o seu futuro marido, mas Nicholas, iludido, acredita que o amor dele chegará para os dois. 

Passado algum tempo de preparativos atarefados para o casamento e da escolha de uma casa, bem como do sítio onde iria passar a lua-de-mel com Etna, o dia do grande casamento chegou, e Nicholas nunca tinha visto Etna tão desanimada.

Na noite de núpcias Van Tassel percebe que, a agora sua esposa, tinha tido outro amante antes dele, e um pouco com medo da reacção dela, decide não confrontá-la, ficando assim em silêncio durante muitos anos.

Nicholas, á medida que a viajem de comboio decorria, avançou na história, e começou a contá-la agora tendo já quarenta anos, e já haviam passados catorze anos do seu casamento com Etna.

Deste casamento haviam resultado dois filhos, Clara a mais velha com treze anos, e Nicomedus, tratado carinhosamente pelos pais por Nicky, de sete anos. Tal como havia prometido, Nicholas deixou a sua mulher sair de casa e ter a sua própria liberdade limitada, sendo que ela se tornou uma excelente dona de casa, tal como Nicholas havia esperado, e Etna decidiu associar-se a uma espécie de instituição de caridade, indo dar uma ajuda sempre que podia a pobres mulheres. Nicholas não contrariava a ida da sua mulher à instituição até porque a instituição só era frequentada por mulheres e ele sabia que fazia bem á sua mulher ir lá.

Nicholas tinha tudo o que sempre quis. Casou-se com a única mulher que alguma vez amou, constituiu uma família feliz com ela, e estava quase a possuir o cargo de director que havia ambicionado toda a sua carreira. Mas a chegada de um homem, Philip Asher vem mudar tudo. Este homem que só vinha para dar umas simples palestras á escola acaba por ser convidado para ser candidato ao cargo de director, o cargo que á partida era merecidamente para Van Tassel. Ambicioso, Nicholas decide aproximar-se do homem de modo a poder saber algo sobre ele que impedisse a conquista do cargo, e assim decide convidá-lo a ir a sua casa e o seu espanto é enorme ao ver que Etna conhecia Asher. Assim Nicholas toma ainda mais consciência que Asher tem de sair imediatamente da cidade. Um dia Nicholas é chamado a casa de um dos representantes da escola e este diz-lhe que descobriu que á uns anos havia ocorrido um problema de plágio com umas publicações que Van Tassel tinha feito, e assim ou este retirava a sua candidatura a director, ou era despedido da escola. Desesperado, Nicholas decide ir ter com a sua mulher de modo a obter ajuda da parte dela para toma uma decisão, visto que ela era sempre tão sensata na tomada de decisões difíceis. Nicholas vai ter com Etna á instituição mas apanha-a a sair de lá e, pensando ele, a dirigir-se para casa. Visto isto ele decide ir atrás da sua mulher para casa, mas o seu espanto é enorme ao ver que Etna não se tinha dirigido para casa, pelo menos não para a casa deles. Ele decide espreitar á espécie de cabana, onde a sua mulher se encontrava, e visualizou-a a costurar e a cozinhar com uma calma imensa, e após uma hora ela saiu de lá fechando a porta e dirigindo-se a casa. Van Tassel perguntou a si mesmo se aquilo era um local para onde Etna levava o seu amante, pois esta havia admitido várias vezes que não o amava. Mas e se ela amasse outro homem? E se esse homem fosse Philip Asher?

Numa tentativa de responder a estas perguntas Van Tassel segue a sua mulher para a cabana e confronta-a, com a existência desta. Etna diz ao marido que aquilo era um local só dela, que necessitava daquilo para a sua liberdade, que nunca queria ter ofendido o seu marido mas que precisava de um espaço só dela. Nicholas não queria acreditar no que a sua mulher lhe dizia, e acusando-a de traição e não medindo as consequências das suas palavras pediu o divórcio a Etna. Mesmo não sendo isso que ele queria, pois era claro que ele não poderia viver sem Etna. Depois disto a sua mulher decide sair de casa e vai morar para casa da sua irmã em Exeter e mais tarde vai morar para a cabana com a sua filha, porque nessa altura já Van Tassel tinha retirado o pequeno Nicky a Etna, alegando a traição da sua mulher. O processo de divórcio ia a um rumo acelerado apesar de Nicholas saber que não era isso que queria. A sua vida estava a desmoronar-se ele estava sem o cargo que tanto desejava sem a mulher que sempre amou e sem a sua filha. Van Tassel acaba por descobrir umas cartas trocadas pela sua esposa e por Asher e descobre que a sua mulher tinha tido um caso com o irmão de Philip, o Samuel Asher, e tinha sido esse o homem que Etna tinha tido antes de Nicholas, tinha sido esse o grande amor da vida de Etna que não a permitia amar Nicholas. Ele decide que tem de ter a sua vida de volta, a sua mulher, a sua filha, o seu cargo, e toda a felicidade que possuía. Assim decide armar um plano convencendo a sua filha Clara a ajudá-lo, pois esta também queria a família de volta. E o plano resulta, Van Tassel fica com o cargo de director, e Etna e a sua filha voltam para casa, sendo que Asher se vai embora para Londres. Mas mais tarde, Clara, num acto inocente acaba por confessar que foi tudo um plano armado por ela e por Nicholas e visto isto, Etna decide sair de casa e nunca mais voltar abandonando assim a sua família e os seus filhos para ir viver com Samuel Asher, irmão de Philip, o homem que desde sempre tinha com ele o coração de Etna, que nunca havia pertencido a Nicholas. Clara, convencida que o pai era o culpado pela fuga da sua mãe, decide ir morar com a sua tia, irmã de Van Tassel, e assim este ficou só com o seu filho, pois Nicky recusava-se a perder o pai também.

Poucos dias antes da viajem para o funeral da sua irmã, Nicholas descobriu que Etna tinha morrido de doença. Este tinha esperança de reencontrar a sua filha Clara, que nunca o havia perdoado pela fuga da mãe e que já não via á mais de vinte anos, no funeral da sua irmã.

A viajem de comboio acaba e a triste história de vida de Van Tassel também. Este homem, que vivia obcecado com Etna, acabou por nunca consegui tê-la totalmente, mesmo após o casamento, pois o amor que Nicholas sentia por Etna, ela sentia por Samuel. Nicholas acabou por ficar sem nada a não ser o cargo de director que sempre desejou. Ele acabou por perder tudo o que ele sempre quis.     

Comentário à Obra:

Esta foi a primeira obra que li de Anita Shreve, e como já me tinham falado desta escritora e deste livro, as minhas expectativas para lê-lo eram enormes. Esta leitura cativou-me até ao fim, apesar de ser previsível logo no inicio, pela maneira como o livro foi escrito, como iria ele acabar.Apesar disso, foi sempre emocionante a leitura, e estive sempre com um grande entusiasmo para saber o que se iria passar a seguir, pois fiquei “presa” á leitura deste livro.Neste livro é visível a obsessão imediata de Nicholas, face á misteriosa Etna que conheceu num incêndio, numa noite num hotel onde ambos se encontravam. Com este livro vemos também que Nicholas estava convencido de que Etna o amaria tanto como ele a amava, mas isso nunca aconteceu, apesar de tudo ele achava possuir amor para os dois. Mas um casamento deve ser uma união feita por duas pessoas em que pelo menos estas nutram algum sentimento de amor, mas no caso de Etna, ela não sentia qualquer afeição nesse sentido, por Nicholas, ao contrário deste que vivia para Etna, desde o momento em que a viu pela primeira vez.Um casamento que vive na base do amor de apenas uma das partes nunca pode ser uma união feliz e nunca pode acabar bem mas Nicholas nunca chegou a perceber isso. Mesmo depois de Etna ter saído de casa para Exeter e depois para a sua cabana, Nicholas não desistiu e pensou que ainda conseguiria conquistar o amor de Etna, e foi pelo pior caminho para lutar pelo amor dela.Convencer a sua filha de treze anos a mentir, para ele conseguir conquistar as suas sempre pretendidas ambições foi o que mais me custou ler, pois pondo-me no lugar dela que inocentemente só queria ver os pais juntos, e imaginando a sua situação, fez com que eu me apercebe-se desse acto de crueldade que Nicholas obrigou a pequena Clara a cometer.Obrigar a filha a dizer que tinha sido abusada sexualmente por Asher, foi um acto de muita crueldade mas acima de tudo muito desespero por parte de Nicholas, que estava a perder tudo o que sempre tinha querido em toda a sua vida mas, esta foi, uma maneira horrível para este conseguir os seus objectivos.Este, na minha opinião, foi o pior acto de Nicholas, mesmo pior do que não acreditar na sua mulher, pior que a seguir e do que lhe retirar o filho, envolver Clara nos problemas dele, foi realmente horrível.Nenhum filho deveria ser obrigado a envolver-se nos problemas dos pais, pois estes problemas já afectam demasiado a vida das pequenas crianças, e Clara não deveria ter sido obrigado a mentir para que a mãe deixasse de falar com Asher e para que este tivesse de ir embora para Londres, abandonando assim o seu cargo, que mais tarde Nicholas iria ocupar.Por isso penso que o final que Nicholas teve foi, de certa maneia, um final merecido, no que toca ao facto de a filha ter deixado de falar com ele. Gostei de perceber que Etna tinha ido em busca de Samuel, e apesar de esta ter morrido, ao menos morreu ao lado de uma pessoa que amava. Nicholas só ficou com uma das coisas que realmente sempre desejou possuir, o cargo de director da escola, e penso que teria sido justo se desde o inicio o cargo lhe tivesse sido oferecido pois este, apesar de tudo, merecia-o. Gostei do final do livro apesar de que, não foi nada de muito surpreendente, pois logo nas primeiras páginas deu para perceber que Nicholas não teria um final feliz nesta história.Este livro de Anita Shreve traz-nos muitas lições de vida e é de fácil compreensão, sendo que a linguagem é muito acessível, por isso aconselho a sua leitura a qualquer pessoa. 
Personagem mais marcante:

Sem dúvida que a personagem que ao longo da história mais me marcou por todos os seus actos e por todas as decisões foi Etna Bliss. Esta mulher que sempre desejou liberdade, e só desejava isso para poder ser minimamente feliz, já que não poderia ter o amor da sua vida a seu lado, marcou me imenso pela sua coragem e força. Sabendo que nunca iria amar Nicholas tanto como amava a sua liberdade e, como mais tarde vim a descobrir, como amava Samuel, Etna recusou inicialmente o pedido de casamento de Nicholas. O seu único erro foi, mais tarde aceitar o seu pedido, tendo a certeza que teria a sua liberdade mesmo casada com Nicholas pois este tinha assim prometido e era esta uma das condições para o casamento.

Etna nunca havia prometido amar Nicholas, pois ela tinha a certeza que nunca o amaria tanto como ele a amava e deixou isso bem claro logo no inicio. Apesar de tudo, Etna foi uma mulher de grande coragem ao ter-se casado com Nicholas, um homem que mal conhecia e que sabia que nunca iria amar, e é essa coragem de Etna ao longo da história que me fascinou imenso por esta personagem.

Mesmo a história sendo contada do ponto de vista de Nicholas podemos perceber a graciosidade e a simplicidade desta mulher que sempre foi sincera com ele. O facto de Etna ter comprado a cabana e ter ido para lá simplesmente costurar, cozinhar ou até mesmo ler, coisas que poderia ter feito em sua casa, demonstra o quanto Etna desejava ter um local só dela, um local onde se sentisse livre, e é muito interessante podermos perceber isto pois cada pessoa tem um local onde se sente bem, mas Etna precisava de sair de casa para encontrar esse local.

Outro dos aspectos que me fez ficar encantada com o carácter desta personagem foi o facto de, quando ela soube que a filha tinha sido abusada por Philip Asher, ter de imediato aceitado o pedido da filha de querer voltar a ter uma família feliz, e mesmo zangada com Nicholas e incapaz de lhe perdoar todas as acusações que ele tinha feito, ela estava disposta a sacrificar-se e a viver o resto da sua vida, ao lado de um homem que agora desprezava, pelo amor aos filhos e pelo bem deles. Aqui mais uma vez foi demonstrado a excelente pessoa que Etna era, e aqui pude compreender mais uma vez que ela estava disposta a sacrificar a sua liberdade, que era o que mais desejava, pelos filhos.

O último aspecto que me fez ficar totalmente fascinada com a coragem de Etna foi o facto de, quando Etna soube que tudo era uma mentira e que tudo tinha sido um plano de Nicholas para afastar o seu rival Asher, ela ter tido coragem para abandonar tudo, filhos e casa, para ir em busca da sua felicidade e do amor de Samuel. Deve ser muito difícil para um a mãe que se tinha sacrificado tantos pelos filhos, abandoná-los, mas Etna teve coragem de o fazer, para finalmente pensar um pouco nela e atingir a sua merecida felicidade.

Etna foi uma personagem marcante neste livro, não por ser objecto da obsessão de Nicholas, mas sim pela sua marcante personalidade demonstrada ao longo da história.   


Parte Favorita:

É difícil escolher uma parte favorita quando um livro nos cativa tanto como este me cativou a mim. Mas penso que a parte que mais gostei foi quando Etna aceitou o pedido de casamento de Van Tassel, em Exeter. Isto porque é a partir daí que a história toma um novo rumo. Apesar de a obsessão de Nicholas por Etna continuar a ser a mesma, é a partir daí que tudo muda na história. É a partir daí que é mais demonstrada a real obsessão e é demonstrada também a indiferença de Etna em relação a Nicholas, É ai que vemos também presente o verdadeiro amor que Nicholas sente por ela porque ele chora quando Etna diz «-Acho que não posso… amá-lo… como uma mulher deve amar um marido(…)», podemos ver aqui o real amor de Nicholas mas também o não amor de Etna por ele. É aqui que Etna faz a sua exigência de liberdade, e de não falarem durante toda a vida deles de casados de amor, pois ela sabe que nunca o amará, mesmo estando ele confiante que sim, e até dizendo «E a minha própria felicidade será tão intensa que mais do que bastará para os dois(…)», como se alguma vez um casamento não fosse uma conjugação de dois amores mas sim uma divisão do amor de  um pelos dois.

Para mim, todas as partes foram de grande importância para o desenrolar da história mas esta é sem duvida a que mais me marcou, pois a partir daqui todo o rumo da história muda.

 


Outras Obras de Anita Shreve:


Visto que fiquei totalmente “viciada” nos livros de Anita Shreve após ter lido “Tudo o que ele sempre quis”, deixo aqui algumas sugestões de outros livros dela, que de certeza serão igualmente interessantes.

Last Time They Met

All He Ever Wanted

Body Surfing

Strange Fits of Passion

Casa na praia

Praia do destino

Luz na neve

Fatwa-uma sentença de morte


Sinopse:

«Jacky tinha vinte e três anos quando visitou o Egipto, jamais sonhando que umas inocentes férias se transformariam num pesadelo para lá da sua imaginação.»

 

Resumo da Obra:

Jacky, uma jovem de vinte e três anos decide, com a companhia do seu namorado, Dave, passar umas férias no Egipto, sabendo que seriam os últimos dias que passaria com ele, pois ambos tinham noção de que aquela seria uma viagem para acabar com o namoro dos dois, que á muito que não estava bem.

Estes após a chegada ao Egipto decidem que querem visitar o centro do Cairo, e acabam por apanhar um autocarro, que levava pessoas com muito mau aspecto e ia totalmente lotado. Assim decidem parar numa paragem mas devido ao excesso de pessoas do autocarro só Dave consegue sair de lá visto que Jacky sempre que tentava sair era empurrada para trás.

Jacky vê-se sozinha dentro de um autocarro em que todas as pessoas eram desconhecidas e estranhas e decide imediatamente saltar para fora do autocarro acabando por se magoar seriamente no tornozelo.

Desesperada e sem rumo, sem saber onde se encontrava Dave, Jacky decide tentar procurá-lo, mas aí percebe que não consegue andar. É quando chegam dois egípcios, muito gentis, que a ajudam. Apesar de Jacky não perceber muito do que eles dizem decide confiar neles e acreditar que eles podiam ajudá-la. Jacky vê-se assim numa casa de egípcios, onde todos são amáveis com ela e lhe tratam do tornozelo. Jacky sentia-se bem naquela casa de estranhos, acabando por fazer uma amiga, Salma. Salma era irmã de um dos homens que a ajudou, Omar, e era simpática e a melhor da família a falar inglês, e isso era bom pois assim já podia comunicar com alguém, visto que não percebia a língua falada naquela casa. Como o seu pé não apresentava melhoras Jacky acabou por ficar uns dias naquela casa descobrindo a cada dia coisas novas sobre aquelas pessoas que a fascinavam, e pouco se lembrava de Dave. Apesar de tudo, Jacky pediu a Omar para ir á pousada mais próxima ver se Dave estava lá, pois ela acreditava que ele poderia estar preocupado com ela, mas ele não estava nessa pousada. Jacky achou realmente incrível a hospitalidade daquelas pessoas e desejou nunca mais sair de lá. Isto também aconteceu porque ela tinha-se tornado grande amiga de Salma, e o irmão dela, Omar, não lhe era indiferente, e Jacky já não se lembrava mais da existência de Dave. Após algum tempo Jacky percebeu que estava apaixonada por Omar e este como sentia o mesmo, acabou por pedi-la em casamento. Ela começou por dizer que não, era tudo muito estranho para ela, aquela cultura, aquele país, tudo. Mas depois percebeu que se fosse embora dali nunca mais veria Omar, e por isso aceitou. Então eles casaram-se e após o casamento Jacky decidiu, com a autorização do seu marido, voltar a Inglaterra para visitar os seus pais e avisá-los de que estava casada, tendo muito medo de ver como eles iriam reagir ao saber que ela se casou nas férias, e não com o namorado Dave. No aeroporto Jacky encontrou Dave e informou-o que se tinha casado e que estava tudo acabado entre eles, e Dave não ficou muito triste com o final da relação. Após a vinda de Inglaterra da casa dos pais, que acharam uma loucura esta atitude da filha, mas acabaram por aceitar por amor a ela, Jacky estava pronta para começar uma vida nova ao lado do seu marido egípcio. Mas tudo o que rodeava a vida de Omar era estranho para Jacky: a maneira como ele e a sua família comiam, como tinham de rezar cinco vezes ao dia voltados para Meca, e o que mais a incomodava era ter de viver na casa dos pais do seu marido enquanto o apartamento deles não estivesse pronto, pois assistia a violentas discussões entre os seus sogros diariamente. Estas discussões que por vezes acabavam em agressões em relação á sua sogra, assustavam-na imenso. Após três meses, Jacky descobriu que estava grávida e foi uma grande alegria para toda a família. Cada vez era mais sentida por ela o afastamento de Omar, pois como este estava na faculdade e iria fazer os exames finais, estava com muito pouco tempo para ela, tornando-se por vezes aborrecido para ela morar naquela casa. Por isso, Jacky perguntou ao marido se poderia ter o filho a Inglaterra para sim estar junto dos pais, fazendo-o prometer que quando ela volta-se o apartamento deles estaria acabado. Omar aceitou a proposta. A sua filha nasceu e Jacky decidiu chamar-lhe de Leila Anne. Ao chegar ao Egipto todos receberam as duas muito bem e Jacky mudou-se para o apartamento novo. Mas o seu espanto foi enorme ao ver que o este não tinha mobília e que ela teria de sobreviver sem água canalizada, e sem nada. Após o saboor, que é uma espécie de festa religiosa pelo nascimento de um bebé, comemorada pelos muçulmanos, Omar pediu para ver a certidão de nascimento da filha, e o seu espanto foi enorme ao ver que ela se chamava Leila Anne e não Leila Omar, como deveria ser, pela tradição muçulmana. Esta foi a primeira vez que Jacky foi agredida fisicamente. Alguns anos se passaram e as agressões não pararam, e Jacky percebeu que nunca iriam parar. Estas agressões tinham-na feito abortar duas vezes, pois eram tremendamente violentas. Jacky começou a dar aulas para mobilar a casa e ter algum dinheiro e foi contando às suas amigas o que se passava. Omar decidiu que queria outro filho e Jacky nem queria acreditar que após a ter obrigado a fazer dois abortos ele queria ter outro filho. Assim após três anos e meio do nascimento de Leila nasceu Amira. Mas nem após o nascimento da bebé as agressões pararam e Jacky começou a pensar que não era futuro para as suas filhas serem agredidas pelo pai. Assim decidiu fugir, por amor a elas, não por si própria, como já uma vez haveria tentado, sem sucesso. Mas haviam grandes impedimentos á sua partida, Omar tinha escondido todos os documentos de Jacky e visto isto ela estava impossibilitada de sair do país. Mas com a ajuda de uma amiga, Jill, Jacky conseguiu arranjar os documentos necessários e conseguiu sair do Egipto, indo para Israel, e de seguida para Inglaterra. Apesar de ter tido muitos “sustos” com a sua fuga, o seu maior problema foi no aeroporto de Israel pois Jacky não tinha dinheiro para entrar no avião, e pensou que teria corrido todo o risco de ser apanhada em vão. Seria agora que ela ia morrer, seria agora que o marido a mataria. Mas com a bondade de um funcionário do aeroporto Jacky conseguiu fugir, e assim criar um futuro feliz com as suas filhas em Inglaterra. Omar não desistiu de contactar Jacky e enviou-lhe várias cartas acabando até por lhe instaurar uma fatwa, ou seja, uma sentença de morte que lhe dava direito para matar Jacky se a encontrasse, só por esta o ter abandonado. Jacky segue a sua vida mas sempre olhando por cima do ombro, temendo sempre o seu marido, temendo sempre a fatwa que controla todos os passos que ela dá.          

Comentário à Obra:

Achei esta obra muito interessante porque, como eu gosto muito de histórias verídicas, e esta é uma delas, foi interessante ler um livro que demonstra, entre muitas outras coisas, um pouco do que é a cultura muçulmana.

Na minha opinião este livro é óptimo para termos noção do que actos pouco pensados podem provocar na nossa vida, e estes por vezes podem até acabar com ela. Jacky casou-se com Omar por amor, mas ela mal o conhecia, e ele revelou ser uma pessoa completamente diferente do que Jacky imaginava. Jacky casou-se com Omar pensando que ele era uma pessoa bondosa incapaz de lhe fazer mal, mas enganou-se. Omar revelou-se extremamente violento e por muitas vezes esteve quase para acabar com a vida dela, como por exemplo quando ela deu o nome de Leila Anne à filha, e como quando descobriu que ela estava grávida. Estes actos demonstram a grande violência a que Jacky esteve sujeita durante quase sete anos, num país que não conhecia, com pessoas que ela não conhecia, e onde ela estava proibida de actos como comer com a mão esquerda ou olhar nos olhos de alguém. Factos como os que são relatados no livro servem para os leitores terem noção do que se passa noutros países, pois nós estamos muito “alheios” ao que acontece em países como o Egipto, onde as mulheres sofrem diariamente de agressões não só físicas como psicológicas, duras para qualquer ser humano. E livros como este são óptimos para dar lições de vida e para nos prevenir de erros que futuramente podemos vir a ter. Ao longo da história de vida de Jacky vemos presente uma grande coragem e força de vontade e penso que esta é a grande lição que devemos tirar deste livro. Nunca um ser humano deve aceitar ser exposto a violência como Jacky foi, pois todos temos direitos iguais á vida, e todos somos iguais, sendo que Jacky fez-nos perceber que nunca devemos desistir de mudar a nossa vida, quando ela não é como nós merecemos e como nós queremos que seja.

Por isto gostei muito de ler este livro e aconselho a leitura a qualquer pessoa, pois é um livro que nos faz aprender muito e ele faz-nos reflectir sobre muitas das coisas cruéis que se passam pelo mundo fora, as quais muitas vezes nós nem temos conhecimento de que existam.  

Personagem mais marcante:

Jacky é sem dúvida, a personagem que mais nos ensina ao longo deste livro. Com ela aprendemos diferenciadas coisas que não temos conhecimento e aprendemos tudo o que futuramente não devemos fazer. Primariamente penso que é de extrema coragem, sendo esta uma história verídica, escrever este livro, pois deve ser necessária muita força para relembrar uma história como esta e escrevê-la mesmo correndo perigo de vida, isto visto que foi instaurada uma fatwa contra a autora e ela pode a qualquer momento ser apanhada pelo marido e ser morta.

Tudo o que Jacky passou fez-me perceber variadas coisas e traz muitas lições que podemos aprender com a leitura atenta deste livro. Ela deixou tudo para trás por amor às filhas, e não estava importada com as agressões a si própria mas sim às pequenas, que ela ama tanto e que a fizeram escrever este livro. Jacky faz-nos perceber quais são os limites da violência, e leva qualquer pessoa a ter grande admiração por ela.

O aspecto que mais me fez ficar emocionada com esta personagem foi o facto de ao inicio ela achar que as violências do marido era porque ela era uma má esposa. Para Jacky a culpa de ser agredida era sua, ela é que não sabia ser uma verdadeira esposa muçulmana como o seu marido merecia, e para ela era isso que o irritava. Mas mais tarde Jacky percebe que a culpa é do seu marido, ele é que é um homem cruel, tal como ela viu muitas vezes o pai dele ser para a sua sogra. É incrível ver a força desta mulher e isso está presente em todo este livro, e na minha opinião esta é uma história que merece ser lida, pela grandiosidade desta mulher e por tudo o que ela nos faz aprender. 

Parte Favorita:


A parte que eu mais gostei neste livro foi quando Jacky contou ao seu marido que estava grávida pela segunda vez e este a agrediu até ela perder o bebé. Aqui vemos a crueldade de Omar, presente em todo o livro, a chegar aos extremos e nesta parte Jacky descreveu pormenorizadamente toda a dor que tinha sentido e tudo o que ele lhe fez. Isto aconteceu porque Omar não desejava ter um filho naquela altura, o que na minha opinião choca qualquer leitor, pois a maneira como ele reagiu para acabar com a vida do filho e disposto também a acabar com a vida da mulher, foi horrível e ler tudo o que ele fez a Jacky é totalmente emocionante. Quando Jacky diz, «Ergueu o punho e esmagou-o na minha face», «Num ápice, Omar aproximou-se, puxou-me para cima e pontapeou-me nas costas com tanta violência que caí com um gemido», «Ele virou-me e pisou-me quatro ou cinco vezes no estômago com força. Soltei um grito terrível e vomitei ao mesmo tempo», «o último pensamento que me ocorreu foi, ele vai matar-me» está bem visível o ponto a que Omar chegou para acabar com a vida do filho e aqui vemos a sua extrema crueldade. Esta é uma das partes que nos faz ficar com mais admiração por Jacky pois apesar de cheia de dores ela ainda conseguiu arranhá-lo e soltar-se dele, salvando assim a sua vida, que teria de certeza acabado nessa noite, se não fosse a sua grande coragem.  

Crepúsculo


Sinopse:


“Nunca pensei muito em como morreria – embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim. (…) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa.”

Resumo da Obra:

Isabella Swan, Bella como gosta de ser carinhosamente tratada, vivia com a sua mãe e padrasto em Phoenix, uma cidade quente e na qual ela gostava de morar. Mas Bella sentia-se culpada pelo facto de a sua presença impedir a sua mãe de acompanhar o marido tanto como ela desejaria e decide assim ir viver com o seu pai, Charlie, em Forks, uma cidade pequena onde chove quase todo o ano.

Bella nunca tinha tido uma relação muito próxima com o pai e Forks era realmente o último sítio onde queria viver, mas ela gostava do silêncio de Charlie, pois nisso ele era muito parecido com ela, e apesar de tudo, achava que seria bom para si a mudança.

Ao chegar a Forks, Bella depara-se com a uma cidade pequena com poucos habitantes tal como ela sabia que era pelas poucas vezes que havia ido lá nas férias de verão.

Com a chegada, Bella depara-se também com a entrada numa nova escola, logo com o facto de conhecer novas pessoas. É no refeitório que Bella os avista pela primeira vez. Misteriosamente lindos e pálidos, sempre juntos, e separados do resto da escola estavam os Cullens, uma família que Bella, tal como todos os outros, desconhecia serem vampiros. Mas um deles especialmente chamara a sua atenção. O seu nome é Edward e mais tarde Bella descobre que ele se senta á beira dela nas aulas de Biologia. Aí, com as estranhas reacções de Edward, Bella descobre que há algo de errado com ele mas decide não confrontá-lo. Após algum tempo Edward salva Bella de morrer atropelada e a maneira como ele parou com a mão a carrinha que a iria atropelar e a maneira rápida com que ele chegou perto dela, fez com que ela desconfiasse cada vez mais que havia algo de errado com ele.

Um dia fazendo uma pesquisa na internet e com a ajuda de um amigo, Jacob, que lhe fala um pouco sobre os Cullens, Bella descobre que Edward é um vampiro.

Assim decide confrontá-lo e este não tendo como negar, só tem a dizer a Bella que o melhor para ela é se afastar dele, coisa que já haveria repetido inúmeras vezes, para o bem dela.

Edward nunca havia desejado um sangue humano tanto como o de Bella e a aproximação dos dois era um risco de vida para ela, um risco que ela estava disposta a correr, pois o seu amor por Edward ultrapassava o seu medo. Apesar de Edward não se alimentar de sangue humano, tal como toda a sua família, que se comparavam até aos vegetarianos, o sangue de Bella, tinha um cheiro delicioso para ele e provocava nele uma enorme sede.

Edward decide que com um pouco de esforço poderá controlar a sua sede perto de Bella e assim eles passam a estar cada vez mais próximos. Um dia Edward convida Bella para ir a casa da família dele, e ela um pouco com medo que eles não a aceitem, acaba por ir. Mas toda a família: Jasper, Emmet, Esme, Carlisle e Alice aceitam Bella, á excepção de Rosalie, a quem não agrada muito que uma humana saiba do segredo da família.

Assim Edward decide convidar Bella para assistir a um jogo de basebol da sua família. Mas o pior acontece, um grupo de vampiros aparece no local do jogo e um deles, James, um perseguidor nato, cheira o sangue de Bella, apesar do esforço da família de Edward para disfarçar o aroma dela. Assim James, decide que tem de provar o sangue de Bella, e Edward como consegue ler mentes, viu o desejo na mente de James. Visto isto e só com uma solução Edward decide que Bella tem de fugir enquanto ele e a sua família preparam uma armadilha para matar James, pois só a morte o fará parar de tentar caçar Bella.

No final Edward e a sua família conseguem matar James, e tudo se resolve. Bella decide que se quer tornar vampira, coisa que Edward diz nunca aceitar pois não quer que ela seja como ele um “monstro”. Mas apesar da morte de James, ainda restam dois dos vampiros do seu grupo, um deles, Victória, ansiosa por vingar a morte do seu amante e disposta a fazer tudo o que puder para matar Bella….   

Comentário à Obra:

É impossível ficar indiferente a esta história, e eu tal como milhares de adolescentes em todo o mundo, fiquei cativada com este livro. Só decidi começar a ler esta saga de Stephanie Meyer após ver a adaptação cinematográfica deste livro, pois a partir daí fiquei totalmente fascinada com a história.

É inteiramente diferente de todas as histórias que estamos habituados a ler, e o modo como Stephanie Meyer escreve, caracterizando as personagens e cenários de uma maneira tão única, faz-nos ficar agarrados a esta história, e faz com que nos sintamos dentro da história, como se fossemos uma das personagens, como se estivéssemos a viver todos os sentimentos delas. 

Penso que todas as pessoas que lêem este livro não ficam alheias a ele, porque ele faz-nos querer sempre ler mais e mais, faz nos deixar de ler porque não queremos que acabe rápido, faz com que deixemos de ter vontade de fazer tudo o resto só para poder ler mais umas páginas e saber o que se vai passar a seguir. Após a leitura deste livro, finalmente conseguir perceber o porquê de tantas notícias na internet e tantos comentários á volta dele. Esta história “prende” os leitores fazendo-os desejar ser uma das personagens, Stephanie Meyer conseguiu pôr milhares de pessoas em todo o mundo a desejar ser Edward e Bella, agora sim percebo toda a fama do livro, deste grande livro!


Personagem mais marcante:

Uma das personagens que mais me marcou foi a Bella Swan. Penso que isto aconteceu porque é ela que escreve toda a história, por isso podemos perceber melhor todos os sentimentos dela e todas as suas emoções ao longo da história.

O facto de Bella ter deixado Phoneix para garantir a felicidade da sua mãe foi dos factos que mais me comoveu porque, Bella em relação á sua mãe, não era como uma filha, mas sim como uma mãe, Bella considerava-se a adulta e a mãe era adolescente, era ela quem tomava conta da mãe e por isso ela sentia uma super protecção em relação a ela e isto foi mostrado na sua mudança.

Bella abdicou de toda a sua vida na terra que sempre conheceu como sendo sua casa para ir morar com os seu pai, tudo para que a sua mãe não tivesse remorsos por não lhe dar a devida atenção.

Outros dos aspectos que fez com que eu gostasse desta personagem foi o facto de Bella nunca temer o facto de Edward ser um vampiro, mas sim temer que ele a abandonasse. Esse era o real medo de Bella, para ela pouco importava se Edward era um vampiro e se desejava ou não matá-la, ela só queria Edward, independentemente do que ele fosse.

Esta personagem é sem duvida a mais marcante, de certeza que não será só para mim, pois como a história é retratada com ela na primeira pessoa é muito mais fácil compreender toda a história, e penso que um dos motivos para o livro ter tanto sucesso é ser descrita na perspectiva dela, sendo assim, na minha opinião, ela a personagem mais distinta.




Parte Favorita: 


É muito complicado escolher uma parte favorita num livro que nos cativa tanto como este, mas apesar de tudo á sempre uma parte que achamos a melhor, mesmo no meio das melhores, que neste caso, para mim, são todas.

A parte que para mim mais se destacou foi a revelação de Edward como vampiro, quando Bella o confrontou com tudo o que sabia, na clareira. Esta deve ter sido uma das partes mais importantes da história e de certeza que é a favorita de muitos leitores pois é aí que podemos conhecer um pouco mais sobre a vida de Edward como vampiro.

Como o livro é contado na perspectiva de Bella nós não temos muita noção do que Edward é, só conhecemos todos os sentimentos de Bella em relação a ele, pois isso é descrito sempre de uma forma muito pormenorizada, mas nesta parte podemos conhecer melhor o Edward e saber mais sobre o seu passado anterior á sua vida de vampiro, os seus costumes e da sua familia e também sobre os seus sentimentos em relação a Bella. 

É nesta parte que a história toma um novo rumo, é onde são feitas mais descobertas e grandes revelações por isso na minha opinião é muito interessante lê-la sendo que é a que mais se destaca em toda a história. 

Como este livro tem uma adaptação cinematográfica, abaixo encontra-se um link que leva a um excerto da parte que eu mais gostei, em video. Vale a pena ver!!

http://www.youtube.com/watch?v=TXnUo8zMsdI&feature=related